Cronologia

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1915 – Nasce Karl Heinz Hansen em 19 de abril, em Hamburgo, Alemanha.

1935 a 1936 – Marinheiro em Hamburgo, cidade portuária.

1936 a 1945 – Soldado durante a 2ª grande guerra, começa sua carreira artística pintando nos momentos de folga. Separa-se da sua primeira mulher, Trude, com quem teve três filhos, Klaus, Peter e Kersten Hansen.
Conhece Waltraud numa Ópera. Casa-se com ela e nasce a filha Immetraut.

1946 a 1949 – Trabalha em artes gráficas, produz as primeiras xilogravuras e expõe trabalhos gráficos em Estocolmo, Suécia, onde vive e faz vários scripts para filmes anti-bélicos e livros para crianças, para lhes mostrar um mundo sem violência.

1950 – Emigra para o Brasil com a mulher Waltraud e a filha Imme. Faz sua primeira exposição no Museu Arte de S. Paulo, leciona e faz xilogravuras nos finais de semana.

1950 a 1955 – Trabalha na Editora Melhoramentos, criando títulos como Isto é São Paulo, Isto é o Rio, Isto é a Bahia e, o mais importante, publica “Primeiro Encontro com a Arte”, livro escrito para crianças, de grande aceitação.
Participa das I, II e III Bienais de S. Paulo. É premiado em salões nacionais em S. Paulo e no Rio de Janeiro. Realiza exposições nessas duas capitais e, no exterior, é detentor do prêmio América, 1º lugar da 11ª Bienal de Buenos Aires, Argentina. Suas gravuras também são apresentadas em New York, Tóquio, Roma, Paris, Viena, Graz, Salzburg e Linz.
Participa da exposição coletiva itinerante “Gravadores Brasileiros”, nas cidades de Berna, Genebra, Zurique, Roma e Basiléia, e da Bienal Branco – Preto, em Lugano.
Faz álbuns de gravuras, dentre eles “Pequena Paixão”, e o primeiro livro com gravuras “O Drama do Calvário”, com texto de Menotti Del Picchia, além de uma série de esculturas.
Nasce Vitorio Carlos, seu segundo filho com Waltraud.

1955 – Muda-se para a Bahia após exposição na Galeria Oxumaré, no passeio público, inaugurada no dia 01 de agosto.
Declara: “Arte antiga, a xilogravura presta-se maravilhosamente à expressão das idéias modernas”.

1955 a 1956 – Executa painéis em madeiras para o Moinho Salvador, Banco de Crédito Popular, para o Edifício Delta, com o artista Carybé, em Salvador, e outros trabalhos, em Zurique na Suíça.
Lança o álbum de gravuras “Flor de São Miguel”, com texto de José Pedreira.
Concorre ao Prêmio Arte Contemporânea.
Participa das exposições “Artistas Modernos da Bahia”, em Salvador; “Artistas Brasileiros”, em Nova Delhi, e do “Prêmio Arte Contemporânea”, no Museu de Arte São Paulo – MASP.

1957 – Participa da exposição coletiva “Artistas da Bahia”, no Museu de Arte Moderna, São Paulo.
Lança a 2ª edição do álbum de gravuras “Flor de São Miguel” e o livro “Navio Negreiro – Um drama em gravuras”. Faz diversas exposições com gravuras das duas referidas publicações.
Participa da IV Bienal de S. Paulo e da exposição “Grabados Brasileños”, na Embaixada do Brasil no Uruguai.

1958 – Faz exposições de gravuras do “Navio Negreiro”, em Recife, e da “Flor de São Miguel” no Hotel Comodoro, em São Paulo, no Hotel Antígona, em Buenos Aires, e no Teatro Circular de Montevideo.
Despede-se da Bahia, para voltar a viver em seu país depois de 19 anos, com uma exposição no Forte de Monte Serrat, mostrando aos baianos o que levaria para o velho mundo: “A Bahia de Hansen”.

1958 a 1959 – Expõe “A Bahia de Hansen”, que foi vista na Itália, Alemanha, Inglaterra, Dinamarca, Suécia, Holanda, Espanha, Bélgica, Áustria, França, Portugal e Suíça.
Monta um maravilhoso ateliê em Tittmoning, num castelo medieval, construído em 1234 para caça dos arcebispos de Salzburg, situado na fronteira entre Alemanha e Áustria.
Participa da V Bienal de São Paulo.
Adota o nome artístico de Hansen – Bahia e encontra Ilse Stromeier, que passa a ser sua nova companheira e musa.

1960 a 1963 – Leciona gravura no seu ateliê em Tittmoning, onde faz exposições com seus alunos.
Expõe em Berlim, Dusseldorf, Salzburgo, Colônia, Erlang, Marburgo, Stuttgart, Wuerzburgo, Frankfurt, Hamburgo, Köln, Munique, New York, Filadélfia e em Rouen – França, a convite da Embaixada do Brasil.
Lança os livros Nibulengen, Odysseus, François Villon, Ópera dos Três Vinténs, Príncipe Eugênio e Eles Não Se Envergonhavam. É distinguido duas vezes com o prêmio do livro alemão “Die Schoenstenbuecher” (Os mais belos livros). Faz exposições dessas gravuras em diversas cidades da Alemanha.

1963 a 1966 – Aceita convite do Imperador Heilé Salassiè para fundar e lecionar o Curso de Artes Gráficas e Xilogravura em Addis Abeba, Etiópia, onde forma um grupo de trinta artistas gravadores. Expõe com seus alunos em Marburgo e Frankfurt na Alemanha.
Envia trabalhos para galeria Bonino, no Rio, e La Paz, na Bolívia.
Expõe em Ankara, Turquia, e em Kartum, Sudão.

1966 – Volta ao Brasil por dois meses.
Faz exposições no Museu de Arte São Paulo – MASP, na Galeria Bonino – RJ, no ICBA – Salvador, e na Sociedade Cultural Germano-Brasileira, em Recife. Volta a Addis Abeba, rompe o contrato, retorna à Bahia seis semanas depois, onde se fixa definitivamente.
Declara: “Tudo o que sei e o que sou, devo à Bahia”.

1967 – Lança o álbum de gravuras “Via Crucis do Alemão e Brasileiro” com texto de Jorge Amado, dedicado a Mãe Senhora – Yalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, terreiro de candomblé, em Salvador, Bahia.
É nomeado professor de Artes Gráficas e Xilogravura da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia – UFBA, pelo Reitor Miguel Calmon.
Ministra curso livre de gravura no Instituto Cultural Brasil Alemanha – ICBA, em Salvador-BA.

1968 – Lança o álbum de gravuras “Portas e Janelas”, prefaciado por Luiz Viana Filho, então Governador do Estado da Bahia, o qual é dedicado ao amigo e escritor Jorge Amado. Inaugura exposição conjunta com a artista Ilse, sua companheira, no Foyer do Teatro Castro Alves e, em seguida, na “A Galeria” em São Paulo.
Lança o livro “Noah Und Seine Kinder” (Noé e seus filhos) em Munique.
É convidado para comparecer ao Palácio da Aclamação durante a visita da rainha Elizabeth II e do príncipe Philip. Conversa em alemão com a rainha que relembra ter conhecido o casal na ocasião da sua visita a Addis Abeba.

1969 – Faz exposição itinerante “Hansen-Bahia 1949 – 1969”, retrospectiva dos 20 anos de gravuras nos museus de Arte Moderna da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Participa da coletiva “Panorama de Arte Atual Brasileira 1969”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

1970 – Leva a retrospectiva dos 20 Anos de Gravuras para Buenos Aires, Córdoba e Rosário.
Ganha o prêmio com “O Rapto das Sabinas”, na Bienal de Buenos Aires. Começa a se dedicar muito mais aos temas universais.

1971 – Entrega a gravura “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”, em cerimônia oficial no Itamaraty, onde expõe “Hansen Bahia – 20 Anos de Gravura”, no Setor de Difusão Cultural do Ministério das Relações Exteriores.
Com “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”, inspirada na obra homônima de Albrecht Dürer, “O Cavaleiro a Morte e o Diabo” e “São Miguel”, participa da grande exposição comemorativa do V Centenário de Nascimento de Dürer, no Museu Germânico, em Nurenberg, na Alemanha Ocidental, junto a artistas plásticos como Giacometi, Henri Moore, Lurçat, Kokoschka, Vazarèly, Matisse e Picasso.
Faz exposições em Londres a convite da Embaixada do Brasil, e no Museu Gutenberg, o museu mundial de Arte Gráfica, em Mainz, a convite oficial do Governo da Alemanha.

Faz uma retrospectiva intitulada “25 Anos de Hansen Bahia”

Casa com Ilse numa capela do século XV na cidade alemã Goppingen. Juntos fazem uma exposição dos seus trabalhos durante três dias de festa do seu casamento, no fim da primavera européia.

Viaja pela primeira vez aos Estados Unidos e expõe em Trenton.

1972 – Expõe, na Galeria Cañizares, os seus mais recentes trabalhos, junto aos de seus alunos da Escola de Belas Artes da UFBA e sua esposa Ilse Hansen.
Expõe no Kestner Museum em Hannover, Mittelrhein – Museum em Koblenz.

Participa da II Triennale Internazionale Della Xilogravura Contemporânea, em Capri – Itália, e da V Biennale Of Applied Graphic Art Brno.

Participa da exposição coletiva “Arte – Bahia” em Recife e Belo Horizonte.

1973 – Expõe em Brasília “Novos Trabalhos” de Ilse Hansen e Hansen Bahia.
Expõe em Washington “Hansen – Bahia Woodcuts”.

Na Alemanha, faz exposição em Salzburg.

1974 – Expõe em Bogotá, Colômbia.

1975 – Faz “Hansen – Bahia 60”, exposição comemorativa dos seus 60 anos, em Salvador, São Paulo, Roma, Bonn e Offenbach.
Atendendo convite do Itamaraty, expõe “A Via Crucis” durante as comemorações do Ano Santo, no Palácio Pamphilj em Roma.

1975 e 1976 – Faz o mural “Anhangüera” por ocasião do 20º aniversário da Bosch do Brasil em Campinas – SP.

1976 – Faz exposição “Retrospectiva” promovida pela embaixada alemã no Touring Club do Brasil, em Brasília, onde oferece a sua obra, através de testamento

à cidade de Cachoeira e institui a Fundação Hansen Bahia.
Expõe “Despedida” na Galeria da Sereia em Salvador e muda-se para a Fazenda Santa Bárbara, comprada por Ilse no ano anterior, em São Félix, Bahia.

1977 – Participa da exposição coletiva do centenário de Fundação da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.

Já não trabalha mais, impossibilitado pelo câncer. Sofre intervenção cirúrgica em São Paulo e volta para convalescer em São Félix.

Continua empenhado na consolidação de seu maior sonho: a Fundação Hansen Bahia.

1978 – Inaugura a sede provisória da Fundação, na casa natal de Anna Nery, no dia 19 de abril, data do seu aniversário. Após ficar internado quase sessenta dias no Hospital Sírio – Libanês em São Paulo, morre aos sessenta e três anos, no dia 14 de junho, quarta-feira. Seu corpo foi cremado no cemitério da Vila Alpina, na capital paulista, e suas cinzas, ao lado dos restos mortais de Ilse Hansen, estão depositadas no Memorial Póstumo na Fazenda Santa Bárbara em São Félix, Bahia.